O comércio de marfim é ilegal, mas durante duas semanas quatro países africanos (Africa do Sul, Zimbábue, Botsuana e Namíbia) estão autorizados a leiloar marfim.
O processo envolvido na extracção do marfim é horrível. O elefante tem de ser morto antes que o marfim seja retirado, usando dardos tranquilizantes de morte lenta ou metralhadoras que chacinam os animais em rios de sangue.
Para extrair o marfim o caçador-assassino e larápio tem de cortar a cabeça pois cerca de 25% do marfim está lá.
O que fica na paisagem africana são cadáveres de elefantes mutilados na face e cabeça.
O apetite pelo marfim praticamente dizimou os elefantes africanos. Segundo dados do IFAW (Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal), a população caiu de 1,2 milhão para 600 mil, entre 1979 e 1989. Calcula-se que a população actual de elefantes na África está entre 300 mil e 500 mil animais. Com a Convenção de Washington (1989), o comércio de marfim ficou proibido em âmbito mundial.
Actualmente, o Japão é de longe o maior mercado desse produto no mundo. Num esforço para manter viva a indústria doméstica, o governo japonês exerce pressão para o reinicio da comercialização e pede a protecção da arte tradicional de entalhar.
O Centro de Produtos Especiais Yamanashi, companhia atacadista do oeste do Japão, apresentou uma série de fotos cativantes de selos pessoais, ou “hanko”, um dos principais artigos produzidos a partir do marfim.
“Os selos de marfim trazem boa sorte”, dizia em meados de Agosto um anúncio no Mainichi Shinbun, influente diário japonês
Usados tradicionalmente para imprimir nomes em documentos oficiais, os selos são muito populares e converteram-se em peça valiosa e símbolo de status. Os avós ricos, por exemplo, dão selos de marfim como presentes de graduação para os netos.
O marfim também é usado para outros artigos: jóias, teclas de piano, acessórios para cabelo e palhetas para tocar o shamisen, instrumento musical originário do Japão, semelhante a um pequeno banjo.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
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